Equipe Brasileira fica entre as 10 do mundo no WEG

Paulo - Foto Adilson Silva WEG 

 

Alltech FEI World Equestrian Games, organizado pela Federação Equestre Internacional, com apoio da Confederação Brasileira de Hipismo, ocorreu de 23 de agosto a 7 de setembro, na cidade de Caen, Normandia, França.  Pela primeira vez, o Brasil levou delegações completas em todas as modalidades. Segundo a CBH, fizemos uma das melhores participações da história em Jogos Equestres Mundiais. As disputas da modalidade Rédeas acabaram no sábado, dia 30 de agosto. Shawn Flarida/Spooks Gotta Whiz marcaram impressionantes 233,5 e ficaram com o ouro no individual, tendo a companhia no pódio de Andrea Fappani/Custom Chash Advanced (229) e Mandy McCutcheon/Yellow Jersey (227).  O time brasileiro terminou em sétimo lugar por equipes e em 13° lugar no individual. Nosso time viajou completo, os quatro conjuntos (cavalos e cavaleiros) que se classificaram e se prepararam para esta competição estiveram na França representando cores da nossa bandeira. Força máxima, buscando fazer o melhor. Ao todo, 25 países disputaram as provas de Rédeas. A ‘Copa do Mundo do Cavalo’ teve a presença de atletas em várias disciplinas. Só em Rédeas, 16 países foram representados por times (equipe completa) e nove países fizeram as competições só no individual. Estiveram na pista em Caen 96 atletas e 147 cavalos.

Brasil fica em sétimo por equipe

“Fizemos uma boa participação, ficando em 7º lugar por equipe e em 13º no individual com o Paulo Koury. Evoluímos em relação a ultima participação, colocando dois cavalos na final individual. Este evento é comparado a Copa do Mundo ou Olimpíadas para o cavalo, portanto, uma vitrine. Disputamos com os melhores do mundo e conseguimos representar bem o Brasil. Já estamos com o foco voltado para a próxima edição, vamos começar nosso planejamento agora. Sabemos do potencial do Brasil e queremos estar melhores para daqui a quatro anos no Canadá”, comentou Francisco Moura, presidente da ANCR, associação que regulamenta a modalidade no Brasil.

            A disputa individual começou dia 25/8 e tivemos Gilson Diniz Filho/Stepping Off Sparks e Wellington Teixeira/SJ Rodopio como nossos representantes na estreia. Gilsinho marcou 218,5 e Eltinho foi desclassificado, não entrando em pista. No dia 26/8, Laércio Casalecchi/He’s a Question QH e Paulo Koury Neto/Dont Whiz WRB levaram as cores da nossa bandeira para pista. Paulo marcou 215 e Laercinho, 213,5. Após as apresentações desse segundo dia, foram definidos os resultados por equipes, os 15 classificados direto para a final individual e os 20 que fariam a repescagem. A cerimônia de premiação coroou com a medalha de ouro o time dos Estados Unidos, tendo no pódio com a medalha de prata o time da Bélgica e a medalha de bronze o time da Áustria.

Mantendo a posição da edição anterior

O Brasil foi novamente o sétimo melhor do mundo por equipes, mantendo a posição da edição passada dos Jogos (2010 – Kentucky). Com as notas individuais, Gilsinho Diniz conquistou a vaga direto para a final, tendo Paulo Koury e Laércio Casalecchi classificados para a segunda passada, que ocorreu dia 28/8. Na repescagem a equipe ficou até a penúltima passada com os dois conjuntos classificados. Ao término, Paulo marcou 216,5 e ficou com a quinta vaga (cinco se classificavam para a final) e Laércio com 215,5 terminou com sexta nota, ficando de fora da final por pouco.

Primeira participação           

“Foi minha primeira participação e foi muito bacana. Quem participa desse tipo de evento, com certeza, não quer estar fora dos próximos. Vi de perto dos melhores do mundo e os ídolos do meu esporte. Convivi com um problema de saúde do meu cavalo, mas com todos os cuidados, fizemos boas provas. Ele foi muito guerreiro e se mostrou valente. Por um ‘fio de cabelo’ ficamos fora da final individual. Seria três brasileiros na final, um marco. Minha preparação para o Canadá já começou”, disse Laercio.

Três conjuntos dos EUA foram os melhores na classificatória

            O momento máximo da Rédeas na Normandia foi a grande final individual no sábado, 30/8. A missão brasileira era difícil, já que os conjuntos norte- americanos foram os melhores nas classificatórias e entraram novamente para a disputa como favoritos.  Shawn Flarida/Spooks Gotta Whiz marcaram impressionantes 233,5 e ficaram com o ouro no individual, tendo a companhia no pódio de Andrea Fappani/Custom Chash Advanced (229) e Mandy McCutcheon/Yellow Jersey (227). Duas horas antes da prova, o público lotou as arquibancadas. A confiança, experiência e garra dos nossos brasileiros emocionaram a todos!

Paulo Koury e Dont Whiz WRB terminam em 13º

            Paulo Koury Neto/Dont Whiz WRB se superaram, guardaram o melhor para o final e a nota deles foi 220,5. Eles terminaram em 13° lugar, uma posição acima em relação os Jogos no Kentucky em 2010. “A pressão foi grande! Poupar o pequeno, mas guerreiro, Dont Whiz para final foi uma tarefa difícil. Nosso resultado, 13° do mundo. Mais uma vez obrigado a todos envolvidos neste projeto, estou muito feliz com o meu resultado”, disse Paulo, que fez um planejamento de dois anos com o animal, reservando-oe para correr as classificatórias e conseguiu estar em seu terceiro Mundial.

Machucou no primeiro esbarro

Stepping Off Sparks, de Gilson Diniz Filho, machucou no primeiro esbarro, sendo desclassificado na inspeção. “Acredito que a minha participação nesta edição foi muito boa, classifiquei com tranquilidade para a final. Mas aconteceu um acidente com meu cavalo, que pode acontecer com qualquer um, até com os melhores do mundo. Contudo, o resumo é que vi que temos muita chance de estar entre os três melhores do mundo com certeza”, contou Gilsinho, que foi para sua segunda participação em Mundiais.

Resumo das participações     

A estreia da Rédeas na competição foi em 2002, em Jerez de la Frontera, com o time formado por Alexandre Ramos, Franco Bertolani, Gilson Diniz Filho e Renata Ricci, que conquistaram o sexto lugar por equipes e o 9° no individual com Xande Ramos – a melhor participação do Brasil nos Jogos. Em 2006, em Aachen, a equipe ficou na oitava posição com Rogério Barral, Demetrius Kotrozinis, Paulo Koury Neto e João Felipe Lacerda formando o time. João Felipe ficou em 15° no Individual. No Kentucky, em 2010, a equipe que foi a 7ª. melhor era Paulo Koury Neto, João Salgado Filho, Wellington Teixeira e João Felipe Lacerda, e Wellington Teixeira fez a final individual, terminado em 14° lugar. (Colaborou: Luciana Omena)

Outras informações www.normandy2014.com

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