25 anos na trilha do Quarto de Milha

 

Neste mês de outubro, completo 25 anos na trilha do Quarto de Milha, como jornalista responsável (Moacir Russo MTB 15.105)) pela Revista. Acompanhei todo esse crescimento fantástico da raça. Quando comecei, a associação passava por dificuldades financeiras e com dívidas enormes. Com o trabalho incansável de muita gente apaixonada pela raça, hoje ocupa lugar de destaque na indústria do agronegócio. Há mais de duas décadas, era a época dos megaleilões oficiais da ABQM. Eram vendidos cerca de 500 animais nos pregões, que ocorriam primeiramente na Capital paulista (Parque da Água Branca, depois no Agrocentro e mais recentes no Rancho das Américas, em Porto Feliz (SP). Muitas vezes, começavam na sexta-feira e se estendiam até na segunda (os da Capital). Sem TV ou Internet.

R$ 120 de parcela

Os preços¿ (com o País sempre em crise) eram difícil de imaginar.  A tendência era comprar animais machos já montados, para continuar participando das provas, que sempre foi o motor da raça. Criar era uma paixão para poucos. E as fêmeas¿. Quando estavam prenhas, eram vendidas ao final e causavam grande apreensão. Cada máquina com o símbolo da “cobrinha” – King Ranch do Brasil – era comercializada pela média de R$ 120,00 x 12 parcelas. Isso indignava o Lolly (Aroldo Pessoa Sobrinho), que já naquela época esbanjava conhecimento de pedigree e dizia:

– Como pode uma égua dessas, filha de fulano de tal, produtora, sair por esse preço¿.

Numa mesa lá no fundo do recinto, a gente da ABQM, concordava. Contudo, a liquidez sempre foi boa.

O sonho de todo cavaleiro era passar para Rédeas

Quem ditava as regras, era o cavalo de Corrida e Conformação. Mas provas de Trabalho começavam a crescer vertiginosamente e atualmente batem sucessivos recordes de inscrições.

Para se ter um exemplo, as provas de Três Tambores sempre reuniram muita gente, formada por inúmeras famílias como ainda é hoje. Mas os cavalos não eram valorizados. Os que não serviam paras outras modalidades iam para o Tambor (hoje inverteu). O sonho do cavaleiro era iniciar no Tambor e depois ir desfilar seus conhecimentos nas provas de Rédeas. Dificilmente o competidor encerrava a carreira nas “latinhas”. Hoje ninguém pensa em sair. Essas são algumas das inúmeras histórias. Tem muita coisa para ser lembrada. Por falar nisso, o primeiro Potro do Futuro foi o de Corrida,i realizado em 1978.  O de Trabalho aconteceu em 28 de março, de 1980, na cidade de Presidente (SP). Agora neste ano de 2017, com o novo recorde de inscrições, o 38º Potro do Futuro de conformação e Trabalho, ocorrerá de 9 a 15 de outubro, em Avaré (SP). Veja no site www.abqm.com.br. Mais uma vez, com muita honra, estarei lá. Boa sorte a todos. Te encontro no “Galope da Vitória”.

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