Porta-chapéu ou casa de cobra?

Não conheço nenhum objeto para chamar mais a atenção do que um porta-chapéu. Ao abri-lo, seu fecho já faz aquele barulho seco…Creeek. Quem nunca o viu, fica imaginando mil coisas. O que poderia estar dentro daquela caixa? Deve passar muitas fantasias pela cabeça do curioso. Pois bem. Corria o ano de 1990, e os nossos valorosos juízes estavam voltando dos Estados Unidos, onde haviam feito um curso de reciclagem naquele País das maravilhas countries. Todos compraram um porta-chapéu (claro, sem o chapéu dentro, pois não tinha sobrado dinheiro para tanto). Ao desembarcarem no aeroporto do Galeão (RJ), enquanto esperavam as malas, colocaram todos os porta-chapéus no chão. Não deu outra. Começou a juntar um monte de curiosos, para saber o que havia dentro daquelas caixas. Um juiz, muito do malandro, disse que eram cobras. Umas pequenas e mansas. Outras grandes e bravas. Enquanto juntava gente. Um deles ia lá e creeek…Abria somente uma fresta e dizia para quem queria ouvir: “Essa é pequena e mansa”. Outro juiz repetia o gesto, falando: “Essa aqui já é grande e brava”. Quando já havia se formado um monte de curiosos, um deles pediu para abrir uma das caixas. O juiz-vaqueiro Nilson Ricartes, mato-grossense dos cinco costados, foi em direção de sua caixa de chapéu e, abriu-a….Creekk. Em seguida, soltou um grito indígena e bradou novamente: “Vai escapaaaaar”. Foi “nego” correndo pra tudo quanto é lado, pensando que era a tal cobra. Nem esperaram para ver se era da mansa e pequena ou da brava e grande…

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